domingo, 10 de agosto de 2008

Alergias





António Alegre, Médico do Centro Saúde de Eiras / Director

Introdução

Chegou a Primavera e com ela chegaram também as alergias.
Decorre desta afirmação uma relação de causalidade, manifesta aliás no aumento significativo da procura dos cuidados de Saúde por parte dos utentes/doentes com esta patologia.

Segundo estudos efectuados, estima-se que cerca de 20% das pessoas são alérgicas aos pólens (existentes em maior quantidade nesta época do ano), mas é necessário que, concomitantemente, exista um terreno, predisposição do doente para isso, atingindo a criança, o adolescente, o adulto e até o idoso.

Sintomas

Os principais sintomas são a rinite (como que... nariz entupido), tosse, falta de ar mais ou menos intensa com pieira ou não, espirros frequentes, conjuntivite (patologia dos olhos), asma, etc.)

Na sequência, ou na presença daqueles sintomas podem ocorrer infecções secundárias, as chamadas complicações, como a sinusite, a traqueite e até pneumopatias, algumas delas graves.

É evidente que só pelos sintomas poderemos arriscar um diagnóstico, mas o mesmo só pode ser confirmado pela sua equipa de Saúde.

Não se pode deduzir pelo atrás exposto que só existam alergias com repercussão no aparelho respiratório, pois a nível da pele os reflexos das mesmas podem também acontecer, com manifestações de prurido e urticária, extremamente incomodativas.

Tudo isto tem por base alergenos, ou sejam substâncias que produzem alergias em algumas pessoas e que em determinadas situações, não são nada fáceis de identificar.

Uma pequena História

“Uma senhora que sempre que se deitava na cama com o marido não parava de espirrar, não era necessariamente alérgica ao “after shave” do mesmo, mas, e após vários estudos, era sim alérgica à cola do aglomerado de madeira do estrado do colchão.”

Depreende-se pela história que por vezes não é fácil determinar a causa das alergias e consequentemente determinar o seu tratamento.


Tratamento

Passa necessariamente e em primeira instância, pela adopção de medidas minimizadoras dos sintomas:

- Evitar áreas de elevada polinização.
- Reduzir ou evitar actividades em ambiente exterior (caminhar na floresta, cortar relva, etc.
- Manter janelas fechadas em dias de vento, muito quentes ou secos.
- Nos automóveis, viajar com as janelas fechadas e nos motociclos usar capacete integral.
- Usar óculos fora do ambiente doméstico.
- Evitar desportos (até de lazer) no exterior e em especial no período da manhã.

Quanto ao uso de medicamentos para controlo das “crises”, eles são vários e dependem, evidentemente dos sintomas apresentados.
Anti-inflamatórios, anti-histamínicos, bronco-dilatadores (existem em comprimidos, xaropes, inaladores, etc.) e vacinas apropriadas, são medicamentos que o seu médico de família não deixará de prescrever quando necessário.

Não se auto medique, antes pelo contrário, consulte o seu médico de família e siga, com rigor, a posologia (nº de tomas de medicamentos, horários dos mesmos e procedimentos nas crises) que ele lhe aconselhar.

Pode saber mais consultando o site:
http://www.spaic.pt/

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