quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Partilhar, sim... micróbios, NÃO!


Andreia Rocha, Enfermeira Graduada do CS de Eiras



O povo português orgulha-se de ser um povo generoso, sempre pronto a abrir as portas de sua casa e a partilhar com outros o que tem de melhor... e não só!
Esta época do ano sugere-me falar um pouco sobre doenças respiratórias infecciosas, por ser rica nas chamadas infecções sazonais, isto é, que estão relacionadas com a estação do ano, nomeadamente a gripe, o resfriado comum, entre outras.
Contudo, não gostaria que o que vou transmitir caísse no esquecimento durante o resto do ano, já que outras doenças existem, também elas contagiosas, e que não dependem das estações, como é o caso da tuberculose pulmonar, por exemplo, que está a tornar-se mais frequente do que seria desejado.
Todas estas doenças têm um denominador comum, que é a forma de transmissão, ou seja, todas elas são transmitidas através de partículas de saliva de uma pessoa infectada, especialmente através de tosse e espirros, mas também por contacto directo, por exemplo através das mãos ou de objectos contaminados.
Dada a relativa facilidade com que se transmitem e também a gravidade de algumas delas, cada um de nós tem a responsabilidade de se proteger a si próprio, mas também de evitar contagiar os outros.
Para tal, a Direcção-Geral da Saúde recomenda uma série de medidas simples que podem contribuir para reduzir o risco de contrair e propagar estas infecções. São as seguintes:
- Em caso de doença, reduza os contactos com outras pessoas;
- Lave frequentemente as mãos com água e sabão e sempre depois de tossir, espirrar ou assoar-se;
- Se tossir ou espirrar, deve proteger a boca e o nariz com um lenço de papel ou com o antebraço (e não com a mão);
- Use lenços de papel de utilização única para se assoar;
- Evite frequentar ambientes saturados e mal arejados, com aglomerados de pessoas (ex.: transportes públicos, locais de diversão);
- Promova e incentive o arejamento dos locais atrás referidos;
- Ensine as crianças a adquirir estes hábitos desde pequeninos;

Quando se fala em evitar ambientes mal arejados e saturados, incluem-se as salas de espera dos hospitais e centros de saúde, com a agravante de o aglomerado de pessoas que se encontram nestes locais estarem provavelmente doentes. O que vai acontecer é o seguinte: você vai transmitir aos outros o seu micróbio, mas vai levar para casa, para si e para a sua família, os micróbios que lhe foram “oferecidos” pelas dezenas de pessoas que se encontravam na sala.
Como alternativa ao recurso imediato aos serviços de Saúde, a Direcção-Geral da Saúde oferece uma linha de aconselhamento, a Saúde 24 – 808242424, disponível 24 horas por dia, a que pode recorrer ao custo de uma chamada local e onde lhe farão o encaminhamento necessário, ou o ajudarão a resolver a situação por si próprio.
Colabore com os serviços de saúde no controle destas doenças. Vamos partilhar apenas as coisas boas, os micróbios, NÃO!

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